No dia 24 de dezembro a Igreja reuniu-se para celebrar o Natal do Senhor. Neste dia também, a Igreja iniciou na Basílica de São Pedro, com o Papa Francisco,  o Ano Santo Jubilar, que tem como tema Peregrinos de Esperança. A Santa Missa foi presidida pelo Pe. Laurindo Aguiar, msf e concelebrada pelo Pe. Herbert Rohleder, msf. Pe. Laurindo assim refletiu em sua homilia:

“O anúncio do nascimento de Jesus em Belém é o cumprimento das promessas de Deus, que aquele que Ele enviaria não descenderia de qualquer um, mas seria descendente de Davi, o escolhido de Deus. Jesus nasce naquele lugar simples, pequeno, pobre, sem nenhum conforto e Maria que cuida é responsável por zelar, de enrolá-lo e colocá-lo numa manjedoura. O nascimento do menino é o grande sinal para a humanidade. E aqui o anjo do Senhor, que vai ao encontro dos pastores para dizer: Olha! Deus desceu do céu! Hoje nasceu para vocês um salvador! E quem é esse salvador? Talvez é um salvador que vai romper com todas as estruturas mentais, as ideias até então rígidas e bem definidas. O grande sinal será o menino recém-nascido, Ele é o sinal do amor de Deus, é a luz que veio para iluminar as nações.”

 

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“Contemplar o presépio é contemplar a própria fragilidade humana, que precisa de cuidado, precisa ser protegida. Maria representa aquela que cuida da vida, dom de Deus. Que protege na pobreza e na simplicidade e que oferece a Jesus aquilo que nada pode comprar. Ela oferece o seu ventre, significando que Maria oferece a Jesus o seu próprio coração. Oferece todo seu ser e se entrega a Deus de corpo e alma. É a verdadeira mãe que não simplesmente contribui para a chegada daquele menino ao mundo, mas daquela que acolhe, que protege, que está a cumprir o chamado que Deus fez.”
“Natal para nós é um tempo de graça, de salvação, de dispor o nosso coração para amar, para acolher Jesus e é um tempo também de contemplar a sua vida, a exemplo de Maria. O Evangelho hoje fala que Maria não respondeu nada. Ela é aquela que está ali a ver tudo, a contemplar a beleza e a grandeza de Deus para com ela, e o cuidado de Deus também para com Jesus. O Natal é também o dia de contemplar, rezar e de entrar nesse mistério de Deus, nesses personagens simples e ao mesmo tempo tão grandiosos. O Natal é também um tempo de renovação. À medida que vamos caminhado vamos cultivando não apenas as verdades de Deus, mas as verdades do mundo e essas verdades são mentirosas. Muitas vezes, ao invés de cultivar o amor, cultivamos a vingança. Por isso, o Natal é momento de recentrar o nosso coração, os nossos passos no caminho daquele que nasce para nós. Renovar as nossas atitudes e o nosso jeito de ser. Renovar também a nossa fé e o nosso testemunho.”

 

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“Que neste dia de Natal a esperança na humanidade seja expressão do nosso coração, seja a expressão da nossa comunhão com Deus, porque Deus está a esperançar sempre o ser humano, está sempre agindo em favor de cada um de nós. Que a esperança que o Menino veio trazer para nós seja a esperança do nosso agir, do acreditar no outro, no amor e de acreditar na vida.”

Antes da bênção final, Padre Laurindo agradeceu a todos os presentes: “recebam a nossa gratidão, dos nossos padres, dos irmãos que aqui somam forças na evangelização, na missão. Desejo um feliz e abençoado Natal a cada um de vocês.”

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Texto: Juciane Francisca / PasCom Sagrada Família

Foto: Iasmim Soares Lisboa / PasCom Sagrada Família