Pe. Laurindo: “Como é bom a gente sentir a vida de Deus em nós”!

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Pe. Laurindo: “Como é bom a gente sentir a vida de Deus em nós”!

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No domingo, dia 02 de junho, a Paróquia Sagrada Família viveu seu primeiro evento dentro das celebrações dos 59 anos de sua criação. Começando o dia, aconteceu a Missa com o Sertanejo na Matriz. Aos poucos,  cavaleiros e amazonas chegaram para viver este momento profundo de espiritualidade. A praça em frente à Matriz foi decorada com elementos que recordam a vida no campo.

O comentário inicial da Santa Missa também destacou a importância das pessoas que residem no ambiente rural. Na procissão de entrada, a entrada com a Bíblia e também na procissão do ofertório, os sertanejos demonstraram seu amor para com Deus.

O vigário Padre Marconi Nunes Lira, msf proclamou o Evangelho. Em seguida, o pároco Padre Laurindo Aguiar, msf que presidiu a celebração eucarística, assim refletiu:

 

“Hoje nós estamos celebrando a Santa Missa. Celebramos o mistério da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo. Celebramos a sua vida, morte e ressurreição. E falar da Missa com o Sertanejo, é falar do povo do sertão. Falar do sertanejo nos remete sempre a um lugar, a uma região, em que vive um povo com uma identidade, com jeito próprio, peculiar assim de viver. Então quando nos propomos a celebrar essa missa é para resgatar, valorizar, promover a vida do nosso povo sertanejo. Este povo que carrega na sua essência uma pureza de coração. E essa pureza de coração faz com que este povo estabeleça uma bonita e estreita aliança com a terra. Esta relação, de fato, filial, que nós temos na natureza, na terra, no nosso sustento, que nós manifestamos nesta terra, nós aqui neste sertão mineiro, o nosso modo de ser.”

 

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“No tempo passado, talvez não tão passado, mas para quem vive ainda essa realidade, ser simples era você chegar na casa de alguém, tomar um cafezinho, comer um queijinho, comer um pão de queijo, comer um cuscuz, comer um beiju, comer aquela farofa de ovo, comer aquela farofa de carne, comer aquela paçoca, e assim por diante, aquela mandioca cozida. Tudo isso era sinal de simplicidade, de acolhimento. A gente entrava na vida do outro. Deixava também o outro entrar na nossa vida. Essa simplicidade tem se perdido, no sentido que hoje é muito difícil você agradar a alguém. Se você chama alguém para sua casa, olha, eu não como isso, eu não posso com isso, eu não tomo café, não tomo leite, não posso comer queijo, não posso comer pão de queijo, também não posso com cuscuz. Hoje, você agradar alguém neste contexto da cidade, das coisas industrializadas, tornou uma coisa complexa. Parece que a vida tornou-se mais complexa e não aquela simplicidade, onde a vida tinha seu ritmo.”

 

 

 

 

“Ir para o campo, como muitas pessoas hoje na cidade tem ido, é porque considera que a natureza, o campo, é o lugar de refúgio, é o lugar de reconstrução. É o lugar de encontrar com a essência, aonde a vida na cidade, com toda sua evolução, ela precisa também de limitação. E este limite, o silêncio da natureza, o contato com a natureza, com a terra nos ensina muito. Como é bom a gente sentir a vida de Deus em nós! Sentir a criação de Deus em nós! Por isso tantos irmãos, na oportunidade, aonde eu vou, vou descansar na beira do rio, vou descansar numa fazenda, vou descansar em um sítio, está sempre buscando. Acho que tudo isso é um grande convite para que a gente possa sempre mais cuidar deste grande patrimônio para nossa sobrevivência que Deus nos deu: a terra, a natureza, a ecologia. Perder tudo isso, é perder a vida!”

 

 

Ao fim da celebração eucarística, o paroquiano Francisco Matos declamou um belo poema que homenageou o povo sertanejo. A seguir, todos os sertanejos presentes foram em procissão até a imagem da Sagrada Família, onde agradeceram e pediram as bênçãos dos padroeiros de nossa paróquia. Concluído o momento oracional, Padre Laurindo abençoou todos os cavaleiros, amazonas e crianças que passaram montados nos seus cavalos, em frente à Matriz.

 

A segunda parte foi a cavalgada pelas ruas de Januária.  Além da comunidade Matriz, a cavalgada percorreu as comunidades São Vicente de Paulo (Novo Milênio) e São Cristóvão (Bom Jardim) até a Fazenda Limeira. Neste percurso, os cavaleiros passaram por importantes espaços públicos do município, como, por exemplo, a Escola Municipal Santa Rita e o Instituto Federal (IFNMG Campus Januária). Também passaram em frente à Capela São Cristóvão. A cavalgada chamou a atenção de várias pessoas, que procuraram registrar um pouco deste momento especial de fé.  Conduzindo a cavalgada estavam Padre Laurindo e um cavaleiro que segurou a bandeira com a imagem da Sagrada Família.

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O terceiro momento, já na Fazenda Limeira, foi marcado por muita animação, com show de Zé Luis, deliciosas comidas típicas, leilões e, principalmente, pelo momento de confraternização entre paroquianos e todas outras pessoas que fizeram questão de prestigiar este evento.

 

Clique aqui para ver a cobertura fotográfica completa.

 

Texto: Alisson Faria – PasCom Sagrada Família

Fotos: Vitória Silva, Gracielle Ferreira e Alisson Faria – PasCom Sagrada Família